Sim. Se o mundo tem umbigo, definitivamente ele é em Cuzco. Se tem cú, existem vários candidatos ao posto...
Chegamos em Cuzco no sábado cedo e depois de sermos arrastados por uma velha louca para que nos quedassemos no hostel dela, achamos um albergue legal, perto da Plaza de Armas. Ficamos em um quarto para 5, junto com o Crock e com o Stu. Demos um breve passeio pela praça, fizemos umas compras básicas em uma ferinha e acabamos tocando violao na praça.
Conhecemos um guia meio maloqueiro, que nos indicou o hostel e nos levou a sua agencia de turismo para fecharmos um pacote para Machu Picchu para segunda feira. Também resolvemos fazer um passeio a cavalo por algumas ruinas nos arredores de Cuzco, no mesmo dia a tarde. O passeio começou mal, porque começou a chover graniTo. Eu amarelei e voltei junto com uns irlandezes viadinhos pra cidade, enquanto Joao e o Branco resolveram continuar.
Segundo eles o passeio foi muito legal, conheceram algumas ruinas incas e viram alguns templos como o da Luna e o do Sol e visitaram o famoso sítio arqueológico de Saqsaywaman (Sexy Woman em Quechua.. rs). Enquanto isso eu fiquei na maciota falando bobagem com o Crock na praça.
A noite fomos a famosa boate Mama Africa, que fica na Praça De Armas também, inclusive, em volta dela existem várias boates, bastante chamativas e com muitos free drinks. Sucedeu-se entao a noite mais louca de nossas vidas! (Nem pense em perguntar por que..)
No domingo acordamos tarde , muito tarde, tipo seis horas da noite. Lutamos contra a ressaca maledita e decidimos nao fazer nada muito quebradera, porque partiríamos bem cedo no outro dia para Aguas Calientes, que é um vilarejo bem proximo de Machu Picchu.
Acordamos as 6 da madrugada e, depois de um corre corre com as malas pegamos uma van e seguimos viagem. Paramos para um desayuno em Ollantaytambo e vimos de longe suas famosas ruinas, que de longe mesmo, parecem escadinhas.
Acordamos as 6 da madrugada e, depois de um corre corre com as malas pegamos uma van e seguimos viagem. Paramos para um desayuno em Ollantaytambo e vimos de longe suas famosas ruinas, que de longe mesmo, parecem escadinhas.
Depois seguimos por uma estrada a la Indiana Jones por 5 horas e descemos em uma estaçao elétrica perto de Santa Maria para uma caminhada pegadinha.
Subimos pela linha do trem durante 2 horas, foi realmente muito cansativo e aconselho a todos pegarem o trem, que custa apenas 8 dolares, e definitivamente nao levarem suas mochilonas se forem subir a pé (vide Branco, Crock e Stu). Chegando em Águas Calientes já se pode ver um pedaço de Machu Picchu cercado de montanhas, a mil metros acima, o que animou nossos animos exaustos.
Subimos pela linha do trem durante 2 horas, foi realmente muito cansativo e aconselho a todos pegarem o trem, que custa apenas 8 dolares, e definitivamente nao levarem suas mochilonas se forem subir a pé (vide Branco, Crock e Stu). Chegando em Águas Calientes já se pode ver um pedaço de Machu Picchu cercado de montanhas, a mil metros acima, o que animou nossos animos exaustos.
Ficamos em um alberguezinho bacana em Aguas Calientes e tomamos um banho correndo (porque tava precisando) para jantarmos, porque o almoço nao existiu. Depois de comermos bastante demos um passeio pela cidadezinha, tomamos umas cervejas nos Happy Hours fabulosos que vendem 4 cervejas pelo preço de uma muito cara, além de nachos com queijo de cortesia. Nao prorrogamos muito a noite porque a idéia era acordamos as 3 e 30 e pegarmos o sol nascendo lááá em cima (claro que nao deu certo).
Depois de dormir uns 5 minutinhos, acordamos ainda com o corpo doendo do dia anterior e fomos todos animados para encarar o que nao esperávamos. A subida foi trágica. Imagina subir mil metros de altura em uma escada quase vertical, sem um pingo de luz e apostando corrida com gringos de várias nacionalidades que nao sao ociosos como a gente e com lanternas que realmente iluminam. Apesar das intrigas, problemas intestinais (vide Joao, que deixou um presente para os Incas ancestrais), pestes bulbonicas, mosquitos da dengue e los malos de laltitud, chegamos lá em cima completamente mortos e destroçados e nao conseguimos deter nossa decepçao. Uma fila ENORME de turistas que subiram de onibus (aconselho a todos, custa 7 dolares), nos esperava na entrada das ruinas.
Depois de uma mega espera pelo guia, na entrada da cidade inca, a nossa ansiedade estava incontrolavel, já com as primeiras ruinas a vista.
Depois de uma mega espera pelo guia, na entrada da cidade inca, a nossa ansiedade estava incontrolavel, já com as primeiras ruinas a vista.
Enfim adentramos pela cidade e ficamos muito decepcionados, é só um monte de pedra empilhada e algumas graminhas, pelo menos nos divertimos com as llamas. Brincadeirinha!!!!! A cidade é maravilhosa. Se podessemos ficariamos sentados admirando-a pelo resto da vida. Sao muitos detalhes e muita história em um só lugar, tudo bem detalhado pelo guia.
A cidade está muito bem conservada, e, ao nao ser pela falta de telhados, as casas estao em perfeito estado. O famoso rosto formado pela montanha de WaynaPicchu é perceptível mas, para ficar bem nítido tem que ser visto ao nascer do sol, coisa que a gente nao conseguiu fazer.
A cidade recebe o nome da montanha que a observa. Na verdade, o verdadeiro nome da cidade ficou perdido no tempo. Depois de passarmos umas 6 horas perambulando pelas ruinas, e depois de um desencontro infeliz com nosso caro amigo White, descemos para Águas Calientes aonde, na maior correria, pegamos o trem de volta para a estacao hidroelétrica.
Chegamos em Cuzco bem tarde e fomos pra casa dormir, porque estavamos muito cansados.
No dia seguinte pegamos um taxi e conhecemos algumas ruinas próximas de Cuzco: Qenqo, Tambomachay e PucaPucara.
Aconselho a voces a visitarem essas ruinas antes porque elas sao mais simples e também sofreram com a invasao espanhola. Depois de Machu Picchu fica tudo muito sem graça.
Nossos queridos amigos; Crock e Stu, partiram em direçao a La Paz nesse dia e nos para afogarmos as mágoas, pegamos outra noitada de golos no Mama África.
Acordamos tarde no outro dia e fomos visitar o Museu De História Regional onde vimos vários artefatos Incas, quadros e móveis coloniais de ´acaju´ e ficamos conhecendo um pouco mais sobre a massiva influencia espanhola na cultura local. O museu é situado em uma antiga casa pertencente a um mestiço filho de mae inca com pai espanhol, que foi o responsável pela divulgaçao da história Inca (Garcilaso De La Vega).
A tarde pegamos um taxi muito gente boa e seguimos para as ruinas de Moray, que era uma espécie de jardim climatizado dos Incas, aonde eles cultivavam diversos tipos de legumes que nao cresciam em outros lugares devido ao clima. O lugar é muito bonito e enorme, vide fotos:
o único onus é a distancia do sítio, que fica a uma hora de Cuzco.
... e sempre hay propina para sorrir
Fomos para Puno a noite e chegamos de madrugada, num onibus que era mais confortável que minha casa, o primeiro bom da viagem. Tivemos uma viagem tranquila, exceto pelo episódio do Leite De Pera caindo no colo do Branco e pelo frio da madrugada que até congelou os vidros.
Fui ao primeiro cassino da minha vida e perdemos uns dois soles lá. O frio estava cortante e pra variar fechamos um pacote com um guia muito duvidoso e malandrao para visitar as Ilhas De Uros (de palha). Pegamos um barco cedo, depois de tomarmos um segundo café da manha, talvez pela fome, talvez pela falta do que fazer. Conhecemos mais brasileiros no tour para as ilhas, que nos acompanharam até aqui.
Os Uros sao um povo pré Inca (o guia que disse) que vive em ilhas de palha no meio do Titicaca. Parece louco? E é mesmo. Desatamos a rir quando o Joao fez o comentário: "putamerda, nos tamo numa ilha de palha no meio do Titicaca!".
Voltamos para Puno quase meio dia e tivemos tempo para almoçar uma truta na beira do lago e as 2e30 pegamos um onibus (mais um) para Copacabana. Por fim o guia, que também chamava Juan, como todos os outros guias do mundo, acabou passando a perna no Branco e nos deixando na mao, acarretando uma correria na hora de pegarmos o onibos pra Copacabana. Ele roubou 5 soles e nos deu um bolo no tal do transporte para a rodoviária que ele prometeu. Passamos pela fronteira e ouvimos o mesmo lero lero fronteiriço, carimbo daqui, formulário dalí, cambio acolá, voltamos para Bolívia e nos sentimos novamente ricos!
Chegamos em Copacabana com mais 5 brasileiros agregados, e ficamos em um hostel bem em frente a "rodoviária", que era no meio da rua. Embaixo do hostel também havia uma agencia de turismo onde compramos já o passeio para a ilha e a passagem para La Paz, junto com os outros brasileiros.
No dia seguinte bem cedo fomos para a Isla Del Sol de barco. A travessia durou cerca de duas horas mas valeu a pena pela paisagem. O visual da ilha é foda! A água é verdinha, e transparente e, como haviam dito, confunde a cabeça e nos faz pensar que estamos na praia, mesmo a 3800 acima do nível do mar. Fizemos uma caminhada nervosa, para chegarmos a umas ruinas Incas interessantes, mas mais rudimentares do que as que vimos em Cuzco. O sol racha mesmo lá, e a idéia inicial era atravessar a ilha de norte a sul, em uma caminhada de tres horas. O mal estomacal de Branco e a minha gripe nos impediram porém, e acabamos voltando para o mesmo porto em que desembarcamos, com a maioria do pessoal. A sorte nao estava comigo e perdi além da minha querida e companheira gaita, o meu gorrinho de la de alpaca e o meu relóginho despertador caiu no fundo do barco, e ficou submerso na água doce do lago por vários minutos até que conseguimos recuperá-lo. Infelizmente ele ainda está em coma. Fiquei me sentindo nu sem a gaita, mas já estou me acostumando com a situaçao.
As 6e30 pegamos um onibus (MAIS UM!) pra La Paz, mas a cidade aqui merece, pelo menos outro post!
Beijos!